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Misericórdias admitem fechar salas do pré-escolar no próximo ano

A União das Misericórdias Portuguesas queixa-se que o apoio do Estado é insuficiente e que as verbas não são reforçadas há pelo menos seis anos.

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As misericórdias admitem encerrar salas do pré-escolar já no próximo ano. Queixam-se que o apoio do Estado é insuficiente e que as verbas não são reforçadas há pelo menos seis anos. Por cada criança que frequente o pré-escolar, o Estado gasta cerca de 111 euros. O valor, de acordo com o Jornal de Notícias, não muda desde 2017.

“Há cerca de 30 anos o Estado pediu ao setor que investisse no pré-escolar. Lá foram as misericórdias investir e gastaram-se milhões. Depois o Estado mudou de estratégia e deixou de apoiar o setor. Quando perguntamos aos diferentes ministros de Educação se os Jardins de Infância são para fechar, a resposta é nim”, sublinha Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas.

E se muito em breve não houver um aumento da comparticipação por aluno, a única solução para muitas misericórdias pode passar pelo encerramento de salas já no próximo ano.

António Costa ouviu tais preocupações no encerramento do Congresso Nacional da União de Misericórdias. Reconheceu a importância que têm no setor social, deu como exemplo a pandemia de covid-19, e anunciou um reforço de verbas com a ajuda do PRR.

As misericórdias gerem mais de 200 equipamentos em todo o país. Apoiam mais de 12 mil crianças e são a única solução para famílias que não têm capacidade financeira para colocar os filhos em instituições privadas.