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Centro Hospitalar de Leiria revela que há "mais vagas do que candidatos"

O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) ocupou 13 das 45 vagas para médicos recém-especialistas, no âmbito do processo de recrutamento aberto em 25 de abril.

Centro Hospitalar de Leiria revela que há "mais vagas do que candidatos"

No âmbito do processo de recrutamento aberto em 25 de abril, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) ocupou 13 das 45 vagas para médicos recém-especialistas, revelando que a baixa ocupação dos lugares se deve ao facto de haver “mais vagas do que candidatos”.

"Foi possível preencher 13 postos de trabalho, oito dos quais preenchidos enquanto vagas em especialidades carenciadas [que têm incentivo pecuniário e não pecuniário]", referiu uma resposta escrita do CHL.

Segundo o CHL, as vagas ocupadas foram de anestesiologia, cirurgia geral, dermatovenereologia, medicina interna (duas), oncologia médica, ortopedia e pediatria, todas estas consideradas carenciadas.

Acrescem as vagas de gastrenterologia, oftalmologia, pneumologia e psiquiatria (duas).

Em 28 de abril, o CHL anunciou que uma "deliberação conjunta da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e da Administração Central do Sistema de Saúde" atribuiu 45 vagas para médicos recém-especialistas ao Centro Hospitalar de Leiria.

"A contratação abrange os médicos que concluíram com aproveitamento a formação especializada na época normal de 2023, 'naquelas especialidades em que os médicos especialistas a recrutar correspondam a necessidades permanentes para assegurar o normal funcionamento dos serviços de urgência'", adiantou o CHL, citando o documento oficial.

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho, congratulou-se com a antecipação deste processo que, por norma, decorre entre os meses de junho e julho, esperando que a taxa de ocupação das vagas fosse o mais próximo possível dos 100%, para poder aumentar os recursos médicos e colmatar algumas necessidades que se têm sentido na prestação de cuidados de saúde.

O CHL considerou que a principal dificuldade dos lugares que não foram preenchidos "prende-se com o facto de abrirem mais vagas do que candidatos, o que leva a que, inevitavelmente, os médicos optem por ficar ou por fixar-se em hospitais mais convenientes, do seu ponto de vista, onde geralmente obtiveram as suas habilitações académicas e profissionais, onde residem e têm a sua estrutura familiar, o que nem sempre coincide com Leiria".

Questionado sobre as especialidades mais necessárias neste momento, o CHL explicou que, “em função das necessidades em saúde da população servida e da resposta assistencial que é necessário assegurar, muitas vezes em contexto de urgência, conjugada com a carência de profissionais médicos que se verificam nas áreas em referência”.

Foram identificadas especialidades "como sendo de particular sensibilidade", a cirurgia geral, dermatovenereologia, endocrinologia, ginecologia/obstetrícia, medicina interna, neurologia, oncologia médica, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, radiologia e urologia.

O CHL integra os hospitais de Santo André, em Leiria, de Pombal e Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça.

O hospital tem como "área de influência a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Nazaré, Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça e Soure, servindo uma população de cerca de 400.000 habitantes".