Em Portugal, o número de incidentes de cibersegurança continua a aumentar e, no ano passado, a subida foi de 14%. Dados que fazem soar alguns alarmes.
A maioria dos casos acontece por erro humano, principalmente situações de phishing, em que os atacantes levam as pessoas a partilharem dados sensíveis.
O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) analisou o ano de 2022.
“Tivemos um aumento de 14%. Por norma temos entre 20% e 30% todos os anos. Menor no número geral, mas um ano particularmente difícil, com um número de incidente de impacto mediático e relevante muito maior”, diz Lino Santos.
Grupo Impresa foi vítima de ataque em 2022
Um desses incidentes foi recordado esta manhã na alfândega do Porto, onde decorre uma conferência sobre cibersegurança.
Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, partilhou a experiência sobre o ataque à SIC e ao Expresso no início de janeiro do ano passado.
“Quase derrubavam as nossas principais atividades da altura, sem qualquer outro propósito senão vandalismo e destruição. (…) Passamos por uma aprendizagem, sem ter um livro de instruções”.
Mas, mesmo sem esse livro de instruções, do ataque ao grupo Impresa ficaram lições para aplicar no futuro.
10 mil profissionais vão ser formados
Com o objetivo de aumentar o número de especialistas em cibersegurança, está já em marcha um projeto para formar 10.000 profissionais numa academia que vai ser financiada por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).