Os oficiais de justiça cumpriam mais uma grave parcial esta manhã. Desta vez foi no Tribunal da Guarda e provocou o adiamento de todas as diligências previstas para a primeira hora.
O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) exige contratação de pessoal no dia em que se soube que não é admitido um novo oficial de Justiça há pelo menos 10 anos.
Entre as 9h e as 10h, advogados, testemunhas e polícias perderam a viagem. 30 dos 40 funcionários judiciais do Tribunal da Guarda estiveram à porta do edifício em protesto. E só não foram mais porque alguns estão em casa, de baixa prolongada.
As carreiras e os suplementos de trabalho extraordinário voltaram à ordem do dia, mas localmente ainda se luta por melhores instalações e pelo reforço das equipas.
Cresce a revolta contra o que dizem ser a indiferença da ministra da Justiça e do Governo.
António Marçal, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, diz que “mais uma vez a culpa tem de ser direcionada à senhora ministra da Justiça e, em última análise, ao primeiro-ministro”.
Maria José Pina, funcionária judicial do Tribunal da Guarda, lamenta que “há uns 10 anos que não entra um oficial de justiça, e que não há progressão na carreira”.
Nova greve na segunda-feira
Esta greve em dias descontinuados começou no final de maio e prolonga-se até ao próximo dia 14 de julho, com o inevitável adiamento de julgamentos e outras diligências em todo o país.
A próxima paragem está agendada para a próxima segunda-feira.