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Para quando as eleições regionais da Madeira? Partidos alinhados para uma data

Nos próximos dias, Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar a data oficial para o ato eleitoral que, ao que tudo indica, será no final de setembro.

Para quando as eleições regionais da Madeira? Partidos alinhados para uma data
MIGUEL A. LOPES

Os partidos com representação parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira reuniram-se esta quarta-feira com o Presidente da República para discutir as datas das eleições regionais.

O PSD, PS, CDS e Juntos pelo Povo apontaram a 24 de setembro a ida às urnas para escolher quem vai governar a região da Madeira. Apenas o PCP não concordou com a data e propõe que as eleições sejam a 1 de outubro.

Nos próximos dias, Marcelo Rebelo de Sousa vai marcar a data oficial para o ato eleitoral que, ao que tudo indica, será no final de setembro.

As últimas sondagens dão maioria à coligação PSD/CDS que está atualmente no Governo, liderado por Miguel Albuquerque.

PSD defende eleições na Madeira a 24 de setembro e rejeita "linhas vermelhas"

O presidente do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, defendeu que "a data mais adequada" para as eleições regionais deste ano é 24 de setembro e rejeitou "linhas vermelhas" quanto a futuros entendimentos da coligação PSD/CDS-PP com outros partidos.

Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, o dirigente social-democrata e presidente do Governo Regional da Madeira considerou que será possível nesta data realizar eleições com "uma participação elevada dos eleitores".

Quanto a futuras alianças, interrogado em concreto sobre o Chega, Miguel Albuquerque considerou "uma hipótese muito remota" a de PSD e CDS-PP, que concorrem coligados, não conseguirem maioria absoluta para governar e terem de fazer "acordos parlamentares num quadro eleitoral pós eleitoral com qualquer partido eleito".

No entanto, não afastou futuros entendimentos com qualquer dos outros partidos. "Nós não estabelecemos linhas vermelhas, porque qualquer partido que é aceite no Tribunal Constitucional e que faz parte do jogo do quadro político democrático deve ser, em todos os cenários de uma democracia liberal, interlocutor privilegiado para qualquer questão", argumentou.

"Essa ideia de se estabelecer linhas vermelhas é uma ideia que é uma armadilha que foi inventada pelo PS para condicionar o PSD. Esta é a minha opinião. A linha vermelha é um exercício político muito bem feito para enganar incautos. E porquê? Para condicionar as atividades do PSD", sustentou o social-democrata.

Para Miguel Albuquerque, o mesmo se aplica no plano nacional: "O PSD é o segundo partido nacional, o PSD tem de ir para as eleições para ganhar, portanto, não se vai condicionar, não vai pôr quais são as questões antes das eleições, o que é que vai fazer depois".

O presidente do Governo Regional da Madeira fez um paralelismo à esquerda com o PCP, que apontou como uma das forças "que não são partidos democráticos", defensoras do "totalitarismo comunista", e em relação à qual em legislativas prevê que "o PS vai dizer que obviamente também não tem essa linha vermelha".

Nas últimas eleições regionais, de 22 de setembro de 2019, os sociais-democratas, com cerca de 40% dos votos, perderam pela primeira vez a maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, elegendo 21 deputados num total de 47, e formaram um Governo de coligação com o CDS-PP, que tem três eleitos.