Nos últimos meses têm sido feitas várias denúncias de falta de condições no serviço de urgência do hospital de Penafiel. Já em maio, chegavam às redações imagens que mostravam vários doentes nos corredores à espera de serem atendidos.
Agora, 63 enfermeiros do serviço de urgência e 20 do serviço de medicina avisaram que podem não garantir os cuidados de saúde necessários a todos os utentes e, por isso, pediram escusa de responsabilidade.
João Carvalho, da secção regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, fala num grito de revolta.
“Isto é um grito de revolta. É um pedido de ajuda de forma a que, de uma vez por todas, se resolvam os problemas do hospital de Penafiel”, afirmou numa entrevista à SIC.
Numa resposta enviada à SIC, o hospital admite dificuldades para contratar. A administração do hospital promete continuar a trabalhar para resolver o problema e para convencer os órgãos decisores a olharem de uma forma mais aprofundada para a para as necessidades específicas da região.
O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, Fernando Araújo, reconhece o problema da falta de enfermeiros no hospital de Penafiel e espera ainda reintegrar 30 profissionais que saíram da unidade de saúde em maio por não ter sido possível renovar os contratos de trabalho.
O centro hospitalar do Tâmega e Sousa serve 5% da população portuguesa, cerca de 500.000 pessoas de 12 concelhos.