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Farmacêuticos acusam Governo de não ter "abertura" para negociações

As greves já acumulam, mas os protestos permanecem junto ao Hospital de São João. Os farmacêuticos pedem por melhores salários e valorização da carreira.

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O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) continua esta quinta-feira em protestos junto ao Hospital de São João. Um das principais críticas é a persistência dos problemas de 2017 e a inação do Executivo de António Costa.

“Aquilo que se tem verificado é que aquilo que devia ser uma posição lógica fruto da boa fé que os farmacêuticos mostraram à partida, o facto é que estamos mobilizados e os problemas identificados em 2017 continuam hoje, sem que haja qualquer abertura por parte do Governo para iniciar discussão séria sobre”, explicou Henrique Reguengo, do SNF.

Para os farmacêuticos é importante que o Governo reconheça que, quando falham, “falha a estrutura da instituição e isso parece difícil de entender aos políticos e Governo”.

O SNF cumpre também o terceiro e último dia de uma greve por zonas. Está a decorrer em Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu.

De acordo com o Sindicato dos Farmacêuticos, estas paralisações tiveram uma adesão superior a noventa por cento.

Os farmacêuticos dos hospitais públicos já cumpriram alguns dias de greve por melhores salários e valorização da carreira.

As negociações entre o sindicato e a tutela estão paradas há várias semanas. A estrutura que representa os farmacêuticos acusa o ministro da Saúde de falta de vontade política para resolver a situação.

A valorização da profissão, com a consequente revisão e atualização das grelhas salariais face às habilitações académicas e profissionais dos farmacêuticos, a contagem integral do tempo de serviço no Sistema Nacional de Saúde para efeitos de promoção e progressão na carreira e a vinculação efetiva dos farmacêuticos a exercer nos serviços públicos com contratos precários são algumas das reivindicações.