André Ventura acusou, nesta segunda-feira, a “parte da direita” ter uma “obsessão quase compulsiva por demonizar o que é público e valorizar o que é privado”. Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD, diz não concordar com esta afirmação, uma vez que "valorizam muito os milhares de profissionais de saúde que hoje constituem o SNS”, disse, em entrevista à SIC Notícias.
Porém, um “SNS que não tem investimento nos últimos sete anos”, referindo-se a um cenário “dramático”.
“Hoje, quando procuramos terapeutas de ponta, o privado é a resposta”, apontou.
Para além desta divergência, Miguel Pinto Luz também acusou que nos dias que decorrem existem dois “tipos” de saúde:
“Temos, de facto, uma saúde para ricos e uma saúde para pobres e não foi esse o Serviço Nacional de Saúde que o PSD apresentou em 79”.
“O tempo de vida sem doença”
O PSD inicia esta segunda-feira quatro dias dedicados à saúde, que incluem visitas de Luís Montenegro a hospitais e centros de saúde, e a apresentação de "um documento enquadrador das orientações de política" para o setor.
São 25 propostas para a saúde que tem em vista “mais investimento no setor público e não mais gasto”, explicou o vice-presidente do PSD.
“Nós queremos colocar critérios de avaliação, nomeadamente, o tempo de vida sem doença”.
O SNS atualmente, “não tem sido mais do que um serviço nacional da doença, em que coloca a doença no centro”. Então, porque não “colocar a saúde no centro?”, pergunta Miguel Pinto Luz.