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Mortes por afogamento aumentaram nos últimos anos em Portugal

Os afogamentos continuam a ser a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens.

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O número de mortes por afogamentos aumentou no ano passado tanto em crianças como nos adultos.

Rosa Afonso da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) refere a pandemia como uma das razões para esta subida.

Os últimos dados disponíveis, relativos a 2021, indicam que houve um total de 12 mortes de crianças e jovens. Em 2020 tinham sido contabilizadas 14 mortes.

Segundo a APSI, em Portugal, os afogamentos continuam a ser a segunda causa de morte acidental em crianças e jovens.

Ainda que nos últimos 20 anos os casos de afogamento de crianças e jovens tenham vindo a diminuir, "é importante olhar para além dos números", lembram as organizações, sublinhando: "Cada uma destas mortes, é uma família que ficou para sempre incompleta ou uma criança que se perdeu ou ficou com sequelas neurológicas graves e com pouca qualidade de vida".

"A morte por afogamento é silenciosa e rápida"

A APSI e a GNR lançam esta segunda-feira uma campanha de prevenção para sensibilizar a população para este problema e dar informação para proteger as crianças. A campanha "A morte por afogamento é silenciosa e rápida" vai decorrer até ao final de setembro.

Nesta campanha conjunta, pelo segundo ano consecutivo, a APSI e a GNR pretendem sensibilizar as famílias para a importância dos cuidados de segurança a respeitar junto da água, nomeadamente nas praias, rios, barragens, piscinas ou tanques.

"É crucial que as piscinas não vigiadas, os tanques e os seus acessos estejam vedados para atrasar ou impedir o contacto da criança com a água sem a supervisão de um adulto", alertam.

Segundo a OMS, esta é a medida mais eficaz para prevenir o afogamento de crianças pequenas.

A utilização de equipamentos de flutuação -- auxiliares de flutuação por crianças que ainda não sabem nadar bem e coletes salva-vidas nas atividades náuticas -- assim como a aprendizagem, por crianças e adultos, de competências aquáticas, nomeadamente, de suporte básico de vida, "é também fundamental", lembram a APSI e GNR, insistindo que "nenhuma destas medidas substituiu a vigilância permanente de um adulto".