No dia 26 de junho, a torre de controlo do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, autorizou a aterragem do Boeing 737, da Ryanair, quando na mesma pista estava outro avião a aguardar autorização para descolar. O incidente, considerado grave, só não teve consequências graves porque o piloto alertou o controlador aéreo e interrompeu todos os procedimentos de aproximação à pista.
Pouco mais de uma semana depois, o relatório preliminar confirmou tratar-se de um erro humano, uma vez que não foi dada atempadamente autorização para descolagem ao avião da Air Azores, que aguardava na pista.
A NAV Portugal explica que existiu "uma momentânea falha de perceção sobre a situação operacional", confirmada pelo piloto da Ryanair e por um supervisor de serviço na torre de controlo.
No relatório, a mesma entidade admitiu que o incidente "decorre num cenário de tráfego com elevado volume e complexidade, correspondente a um período de pico de procura no aeroporto Francisco Sá Carneiro".
Para evitar futuros incidentes, a NAV definiu a separação de funções na torre de controlo. Haverá agora quem faça a gestão dos aviões na placa de estacionamento e caminhos de circulação após a aterragem.
A gestão do que acontece no ar e na pista principal do aeroporto Francisco Sá Carneiro está entregue a uma outra equipa de controladores.