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Onze cirurgiões do Hospital Amadora-Sintra ameaçam demitir-se

O grupo de 11 elementos ameaça abandonar o hospital se tiver de trabalhar com os dois médicos que denunciaram más práticas hospitalares e que foram suspensos por 90 dias.

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Onze cirurgiões do Hospital Fernando da Fonseca, mais conhecido como Amadora-Sintra, ameaçam demitir-se, a um mês do regresso ao serviço de dois médicos que denunciaram más práticas. A administração diz que está a negociar com os cirurgiões e garante que nenhuma cirurgia está em risco.

A ameaça é feita por 11 cirurgiões e já se traduziu em cartas de demissão, primeiro assinadas por seis médicos e agora por mais oito.

O grupo de 11 elementos do Amadora-Sintra ameaça abandonar o hospital se tiver de trabalhar com os dois médicos que denunciaram más práticas hospitalares.

Os profissionais estão de regresso ao serviço a 14 de agosto depois de 90 dias de suspensão, por conta de um processo disciplinar e por acesso indevido a informações clínicas de doentes.

A ameaça de demissão, avançada pelo Expresso e confirmada pela SIC, está a tentar ser travada pela nova administração do hospital, que tomou posse na semana passada. A confirmarem-se as saídas dos 11 médicos, a cirurgia geral do Amadora-Sintra ficaria entregue apenas a oito cirurgiões e 12 internos.

Denúncias remontam a 2022

As 18 denúncias de más práticas foram feitas no ano passado por dois médicos, sendo que um deles é o antigo diretor da cirurgia geral.

Um dos casos foi dado como provado por uma peritagem da Ordem dos Médicos. Nos restantes, foi considerado que houve uma má decisão, mas não má prática hospitalar.