O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, saiu em defesa de Pedro Adão e Silva. O ministro da Cultura tinha criticado os deputados da comissão de inquérito e acabou repreendido pelo Presidente. Duarte Cordeiro diz agora que foram declarações normais e concorda que a comissão exagerou.
Numa entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, o ministro considerou ter havido deputados a agir como "procuradores do cinema americano da série B da década de 80" na comissão de inquérito à TAP.
As palavras não caíram bem aos deputados da Assembleia da República. Até António Lacerda Sales, do PS, presidente da comissão de inquérito à TAP e ex-secretário de Estado deste Governo, criticou as palavras do ministro da Cultura que, um dia depois da entrevista, não voltou atrás nas críticas.
"Reitero tudo aquilo que disse. Tenho uma enorme preocupação que, aliás, é partilhada por muitos portugueses".
Agora foi o ministro do Ambiente a sair em defesa de Pedro Adão e Silva.
"Acho que não há português que não considere que não tenha existido exageros na comissão parlamentar de inquérito. Inquéritos que duram a noite inteira? Não faz sentido, não precisamos disso na nossa democracia. Não me parece, nem li nas declarações do meu colega da Cultura, nenhum desrespeito ao Parlamento".