Rui Rio ficou conhecido como o líder do Partido Social-Democrata (PSD) que prometeu “banho de ética” na política. Agora, foi alvo de buscas numa investigação que começou há três anos.
“Funciono bem em ambientes de tensão, não é tudo calmo”, disse Rui Rio
A frase não é de hoje, mas foi esta quarta-feira que Rui Rio teve um pico de tensão, quando a Polícia Judiciária fez buscas em sua casa.
Quando chegou a líder do PSD quis cortar a fundo nos gastos e pediu a uma consultora para estudar a melhor forma de fazê-lo.
Funcionários e assessores foram chamados para uma reunião em que foi anunciado cortes, que caíram mal a quem ouvia a tal ponto que começou a circular entre os militantes uma carta anónima.
Nessa carta eram denunciados alegados empregos fictícios e apontava vários casos concretos de contratações feitas através do orçamento destinado à bancada do PSD, mas sem que nenhum destes funcionários estivesse a trabalhar no Parlamento.
A denúncia chegou ao Ministério Público e há dois anos houve funcionários notificados para serem ouvidos.
Rui Rio sempre fez da justiça uma bandeira e do combate aos erros no Ministério Público uma batalha. Está, agora, a ser alvo de uma investigação que fez soar a frase que ficou colada à pele, desde o primeiro dia, como líder do PSD.
"Se há coisa que a política portuguesa precisa é de um banho de ética"