Quando esteve na comissão de Saúde, Diogo Ayres de Campos disse que foi afastado da Direção do Serviço de Obstetrícia e Genecologia do Santa Maria por razões políticas. A presidente do Conselho de Administração do Santa Maria, Ana Paula Martins, rejeita essa teoria e explica que se tratou de uma decisão de gestão.
“Não foi um problema político, nem podia ser, porque não me parece que o anterior diretor da obstetrícia tenha nenhum lugar político” , disse.
Ana Paula Martins, desmentiu a versão contada por Ayres de Campos e dá três argumentos para demissão do ex-diretor. Desde logo, o relatório da Inspeção Geral de Atividades em Saúde, que encontrou indícios de crime no caso da mulher grávida que morreu depois de ter sido transferida do Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier.
“Os 60 dias que temos de responder à IGAS - Inspeção-Geral das Atividades em Saúde - e não apareceu, em momento nenhum, um plano por parte da ex-direção para respondermos a este relatório.”, sublinhou Ana Paula Martins.
Ana Paula Martins foi com a lista preparada e no leque de razões para afastar a Direção de Obstetrícia e Ginecologia também está a qualidade do serviço prestado.
“Efetivamente e infelizmente, os indicadores existenciais do departamento não são bons. E posso dizer-lhe que, diminuímos em cerca de 21% o número de consultas.”, disse a Presidente do Conselho de Administração do Santa Maria.
Diogo Ayres de Campos, era um dos primeiros dois subscritores de uma carta que levantava dúvidas sobre o plano de transferir grávidas para o São Francisco Xavier durante as obras da nova maternidade do Santa Maria. Foi exonerado dias depois.