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Presidente do conselho de Administração do Santa Maria desmente ex-diretor de Obstetrícia

A presidente do Conselho de Administração do Hospital Santa Maria revelou, no Parlamento, que Diogo Ayres Pereira não preparou resposta ao relatório da Inspeção Geral de Atividades em Saúde, que detetou indícios de crime no caso da grávida que morreu em agosto do ano passado.

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Quando esteve na comissão de Saúde, Diogo Ayres de Campos disse que foi afastado da Direção do Serviço de Obstetrícia e Genecologia do Santa Maria por razões políticas. A presidente do Conselho de Administração do Santa Maria, Ana Paula Martins, rejeita essa teoria e explica que se tratou de uma decisão de gestão.

“Não foi um problema político, nem podia ser, porque não me parece que o anterior diretor da obstetrícia tenha nenhum lugar político” , disse.

Ana Paula Martins, desmentiu a versão contada por Ayres de Campos e dá três argumentos para demissão do ex-diretor. Desde logo, o relatório da Inspeção Geral de Atividades em Saúde, que encontrou indícios de crime no caso da mulher grávida que morreu depois de ter sido transferida do Santa Maria para o Hospital São Francisco Xavier.

“Os 60 dias que temos de responder à IGAS - Inspeção-Geral das Atividades em Saúde - e não apareceu, em momento nenhum, um plano por parte da ex-direção para respondermos a este relatório.”, sublinhou Ana Paula Martins.

Ana Paula Martins foi com a lista preparada e no leque de razões para afastar a Direção de Obstetrícia e Ginecologia também está a qualidade do serviço prestado.

“Efetivamente e infelizmente, os indicadores existenciais do departamento não são bons. E posso dizer-lhe que, diminuímos em cerca de 21% o número de consultas.”, disse a Presidente do Conselho de Administração do Santa Maria.

Diogo Ayres de Campos, era um dos primeiros dois subscritores de uma carta que levantava dúvidas sobre o plano de transferir grávidas para o São Francisco Xavier durante as obras da nova maternidade do Santa Maria. Foi exonerado dias depois.