As instalações da seita do Reino do Pineal, no concelho de Oliveira do Hospital, está a ser esta manhã alvo de buscas da Polícia Judiciária (PJ) e do DIAP de Coimbra.
As autoridades investigam suspeitas de negligência médica na morte de um bebé de 14 meses no ano passado e as condições em que vivem as outras quatro crianças que estão na comunidade, no distrito de Coimbra.
Há cerca de uma semana, a PJ esteve nas instalações da Câmara de Oliveira do Hospital para saber informações sobre a propriedade do Reino do Pineal e sobre a forma como funciona a comunidade.
As crianças em idade escolar que vivem no Pineal não frequentam a escola porque os pais discordam do ensino da ciência e da educação sexual. Os menores de idade aprendem através dos ensinamentos da comunidade, sendo que um deles representa um retrocesso científico de centenas de anos. A SIC esteve no Reino do Pineal e conheceu a comunidade, bem como o seu líder.
Martin Kenny, ou Água Pinheiro, como prefere ser conhecido, chegou a Portugal em 2019. Nesse ano, diz que ainda chegou a colocar o filho mais velho na pré-escola, em Tábua, mas optou por escolher os ensinamentos caseiros, não protocolados com o Ministério da Educação e que não seguem qualquer currículo.
"Se alguém vier ter comigo e me disser que eu não tenho o direito de escolher como educar o meu filho, se não tenho o direito de escolher a forma como cuido dos meus filhos, a quem é que essa criança pertence?", questionou Amélia Moura Ramos, jornalista da SIC que esteve no local.
