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Negociações com Governo? Sindicatos dos médicos em desacordo sobre mediador

Governo e sindicatos médicos voltam esta quinta-feira a reunir-se para discutir a revisão das tabelas salariais. O protocolo negocial assinado em 2022 entre os sindicatos e o Governo previa que as negociações ficassem concluídas até final de junho.

Negociações com Governo? Sindicatos dos médicos em desacordo sobre mediador
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Os sindicatos dos médicos e o Governo voltaram esta quinta-feira à mesa das negociações, que já duram há 15 meses. No entanto, os sindicatos estão em desacordo em relação à necessidade de um mediador independente nas negociações.

A expectativa dos profissionais nesta negociação é baixa. Acusam o executivo de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ameaçam com mais protestos.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) entende que as propostas do Governo vão resultar na fragmentação do SNS, por isso, a expectativa é baixa. A estrutura sindicial acredita que um mediador independente e externo poderia ajudar o processo negocial a avançar. Mas o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) não concorda.

A discórdia

À entrada para a reunião, a presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, apela à intervenção do Presidente da República como um mediador independente.

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O SIM recusa a criação de um mediador independente.

O presidente do sindicato, Jorge Roque e Cunha, garante que o problema está nos ministérios das Finanças e da Saúde e que vai manter as greves previstas até outubro.

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Atraso nas negociações

Os sindicatos rejeitaram a proposta de aumento de 1,6%, com o Governo a afirmar que apresentou propostas que representam um aumento de 24% da massa salarial dos médicos do SNS.

Esta é a quinta reunião extra-protocolo negocial.

O protocolo negocial assinado em 2022 entre os sindicatos e o Governo previa inicialmente que as negociações ficassem concluídas até final de junho.