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Marcha pelos sobreiros em Sines: ambientalistas repudiam projeto eólico da EDP

A concretizar-se o abate, está prevista uma compensação por parte da EDP para a plantação de 42.000 árvores, uma medida que não agrada aos ativistas.

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O abate de quase duas mil árvores para construção de mais um novo parque eólico em Sines levou à realização de uma marcha de protesto nesta terça-feira. O movimento espera reverter a decisão do Governo, que já deu luz verde ao pedido da EDP Renováveis.

Duas horas antes da partida e já se estendiam faixas em sinal de protesto à entrada da praia de Morgavel. Quem por ali passava não ficava indiferente nem à multidão, nem aos cântico.

O protesto juntou dezenas contra o abate de 1.821 sobreiros para instalação da nova linha elétrica com ligação à subestação de Sines. Um passo em frente na descarbonização industrial, segundo o Governo, mas um ato repudiável para os ambientalistas.

O percurso até à Barragem de Morgavel fez-se sempre de cartaz em punho, com paragem obrigatória na central fotovoltaica de Sines. Entre momentos de silêncio e partilha de poemas dedicados à natureza, a mensagem foi firme do início ao fim deste protesto.

A concretizar-se o abate, está prevista uma compensação por parte da EDP para a plantação de 42.000 árvores, uma medida que não agrada aos ativistas.

A aquisição do parque eólico de Morgavel foi anunciada em dezembro de 2022 e está atualmente em fase de conclusão. Um equipamento que terá 15 aerogeradores e 60 MW de potência instalada, com o selo de aprovação da Câmara Municipal de Sines.