País

Plano Nacional de Saúde entra em vigor: médicos temem que metas fiquem no papel

Entrou esta quinta-feira em vigor o Plano Nacional de Saúde. Os objetivos são "demasiado ambiciosos" e as metas podem "não ser exequíveis", diz associação dos médicos de saúde pública.

Loading...

Não é o primeiro plano, mas este chega numa altura mais conturbada do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), o novo documento estipula como meta para 2030 a redução de mortes relacionadas com cancro e doenças cardiovasculares.

A Associação Nacional dos Médicos espera que o plano não fique no papel. Mas muitos olham com receio para os objetivos. É o caso do presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Gustavo Tato Borges.

“São objetivos demasiado ambiciosos. Não creio que sejam exequíveis”, diz Gustavo Tato Borges, que reconhece “a crise no SNS que necessita de um esforço maior do Governo”.

“Temos de perceber os recursos que temos”

O presidente da ANMSP louva "a vontade da GDS e do Governo de fazer um ataque às doenças que são as principais causas de morte no país”, mas realça que “temos de perceber quais são os recursos que temos”.

O Plano Nacional de Saúde já está em vigor. Foi aprovado em maio em Conselho de Ministros.