País

Chega acusado de plagiar grafismo de jornais para transmitir mensagens nas redes sociais

Grafismos semelhantes aos de vários órgãos de comunicação sociais portugueses foram utilizado para transmitir mensagens nas redes sociais do Chega. André Ventura nega as semelhanças, mas diz que irá promover alterações.

André Ventura fala aos jornalistas no início do 15.º conselho nacional do Chega.
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Contas nas redes sociais associadas ao partido Chega têm partilhado o que parecem ser notícias de órgãos de comunicação social como, por exemplo, o Público e a Renascença. O estilo gráfico é o mesmo, mas os títulos não correspondem a qualquer notícia veiculada por estes meios.

O truque não é novo e foi usado pela Russia, após a invasão da Ucrânia, e é até usado em campanhas fraudulentas de cosméticos. O estilo gráfico é o mesmo, ou muito semelhante, mas as parecenças ficam por aí. O conteúdo, que o próprio André Ventura partilha e comenta, nunca foi publicado nos sites dos jornais.

Pertencem sim ao Folha Nacional, o jornal do Chega.

Tanto o Público como a Renascença já denunciaram a situação.

O que diz André Ventura?

André Ventura já reagiu à acusação. À SIC, recusou qualquer “tentativa de colagem” ou “plágio visual” e ripostou:

“Não se pode usar o vermelho porque o Público usa vermelho? (…) Nunca em caso algum o Chega pretendeu usar uma imagem que não fosse sua e mais parece uma perseguição à comunicação do Chega”, afirma Ventura.

Alguns exemplos das partilhas do Chega

Nesta publicação de 6 de agosto, o líder do partido partilhou um grafismo semelhante ao da Renascença, com um título e notícia que não existem no órgão de comunicação social.

Numa outra partilha, a notícia é apresentada com um grafismo semelhante ao do jornal Público.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social ja recebeu uma queixa contra o Chega, que está em apreciação. André Ventura admite que o Folha Nacional vai passar a ter uma marca própria para identificar o órgão do partido.