A contratação de estrangeiros tem sido estudada e até utilizada em alguns países como Espanha ou Reino Unido. Para os especialistas, o problema está na falta de investimento e de condições para os profissionais.
De acordo com a Constituição da República Portuguesa, só podem integrar as Forças Armadas cidadãos portugueses.
No entanto, de acordo com o Expresso, o vice-presidente da bancada do PS, Francisco César, diz que o partido está aberto a reflexão. À SIC, o Ministério da Defesa esclarece que a aposta está na atratividade da profissão militar, mas não afasta o debate.
"O alargamento do recrutamento à população imigrante não deve ser equacionada meramente para suprir problemas de recrutamento (...) O Plano de Ação para a Profissionalização do Serviço Militar coloca particular enfase na retenção, sem excluir a possibilidade de introduzir novas medidas (...) Prevê ainda a realização de um debate em torno da Lei do Serviço Militar, não estando, por isso, afastado nenhum tópico de discussão.", diz o ministério da Defesa.
Medida longe de ser consensual
Posição diferente tem a Associação de Oficiais das Forças Armadas.
“Não estamos a ver um cidadão tunisino que venha para Portugal integrar as forças armadas ter o mesmo espírito, patriotismo e amor por Portugal, respeito pelas culturas e tradições”, afirma António Mota.
Já ministro da Administração Interna diz que é preciso tornar as carreiras do Estado mais atrativas. "É uma preocupação de toda a administração pública. Temos que continuar o esforço de valorização das suas carreiras", frisa José Luís Carneiro.
Neste momento foi aberto um processo de revisão constitucional. Até agora nenhum partido propôs mudar o artigo referente às Forças Armadas.