Em Lisboa e no Algarve, as escolas já esgotaram a lista de professores em Quadro de Zona Pedagógica para as disciplinas de Português, Matemática, Biologia e Geografia. Vão ter de recorrer a não profissionalizados já no início do ano letivo. A maior vinculação dos últimos 18 anos colocou nos quadros mais de 6.000 docentes, mas muitos ainda não têm onde dar aulas.
A três semanas de começar o novo ano letivo, o ministro da Educação garante que a colocação de 95% dos professores dá tranquilidade às escolas. Há mais docentes colocados este ano e 64% são professores do Quadro de Zona Pedagógica.
Ainda assim, nas contas dos sindicatos, os cerca de 20.800 professores disponíveis não serão suficientes para colmatar as aposentações e fazer face às cerca de 600 substituições semanais.
Sabe-se que o custo de vida e o preço do alojamento torna a situação mais difícil em Lisboa, onde já se esgotaram na lista professores de Matemática, Português e Biologia. No Algarve, faltam professores de Geografia.
As direções terão de recorrer às Ofertas de Escola, onde docentes sem profissionalização podem concorrer.
O Ministério da Educação diz que é cedo para falar num arranque do ano letivo com alunos sem aulas.
Este ano, perto de 6.000 professores deixaram os contratos precários através do novo regime de vinculação dinâmica. Mas, de acordo com o Diário de Notícias, mais de 1.600 não têm onde dar aulas.
Os sindicatos exigem explicações e acusam o Governo de enganar os docentes que, no próximo ano, são obrigados a concorrer a todo o país.