As reações não demoraram a aparecer e saltaram para as redes sociais. Numa publicação na sua página de Facebook, o presidente do PS escreveu que o líder do executivo açoriano "parece não aceitar uma única crítica vinda da oposição, sobre que tema for."
Num longo comentário, Carlos César acusa Bolieiro de "injustificada e desagradável sobranceria". Em causa está a polémica sobre os apoios que estão a ser desenhados para a comunicação social dos Açores.
O Governo regional propõe pagar até 40% do salário dos jornalistas que ganhem até 1500 euros líquidos por mês. Uma medida que os socialistas rejeitam.
“Parece me que é uma grotesca, perversa e mal disfarçada tentativa de controlar a comunicação social. Fere e toca valores essenciais, lança dúvidas sobre o respeito por esses valores que só pelo facto de lançar essas dúvidas já prejudica a forma como numa sociedade livre e democrática se deve processar esta relação entre os órgãos de poder e a comunicação social”, disse, à SIC, o líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro.
Posição diferente tem o presidente do Governo dos Açores que discordou publicamente, esta quarta-feira, das acusações dos socialistas. “Não tem outra qualificação senão um disparate”, descreveu.
Em comunicado, a direção regional do Sindicato dos Jornalistas desmonta a posição do executivo açoriano. Explica que é essencial rever o regime de apoio à comunicação social dos Açores, mas garante que "nunca foi sugerido pelo Sindicato que o Governo regional atribuísse apoios diretos ao salário dos jornalistas".
Escreve mesmo que "a maioria das suas propostas não foi tida em conta" e o novo programa de incentivos aos media "espelha as intenções do patronato".
O Media+ prevê a atribuição de diferentes apoios às empresas privadas de comunicação social dos Açores. O documento vai ainda a conselho de Governo e só depois segue para discussão no Parlamento da Região.