O centro comercial Stop vai mesmo encerrar após decisão da autarquia do Porto, no seguimento de uma inspeção da Proteção Civil ter apontado para uma grave falta de segurança do edifício.
O Stop é o espaço de trabalho de músicos, artistas e lojistas há mais de 20 anos, mas a falta de segurança do centro comercial tem feito barulho e criado ruído nos últimos tempos.
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, diz que não ter outra alternativa a não ser encerrar o centro comercial, e que está a atuar “de forma consciente”.
“Pelo parecer que me foi enviado pelos serviços, já devíamos ter fechado o centro todo; não apenas as lojas que não tinham licença, mas todo. Dizem que a permanência [do centro] aberto representa um perigo iminente para pessoas e bens”, afirma Rui Moreira.
A resposta da autarquia foi oferecer, como alternativa ao centro comercial, a Escola Pires de Lima ou os últimos pisos do Silo Auto.
“Eu tenho a certeza que se morressem alguma pessoa lá, as mesmas pessoas que diziam que aquilo tinha condições para estar aberto estariam a exibir um caixão negro e a dizer que a culpa é nossa”, acrescenta o autarca.
A autarquia do Porto ainda adotou medidas temporárias como a permanência de um carro de bombeiros à porta do edifício e o aumento do número de extintores, mas depois da inspeção extraordinária da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a câmara não teve outra alternativa que fechar as portas do espaço.
Foi, entretanto, criada uma petição em defesa do espaço.
A autarquia já começou a notificar músicos e proprietários, e o presidente da Câmara informou que os lojista que têm, legalmente, 10 dias para abandonar o edifício.
Até ao momento, ainda não foi divulgada a data de encerramento definitivo.
