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Duplo homicídio no Pico: um ano depois e ainda não há data para o julgamento

Um ano depois do duplo homicídio que abalou a ilha do Pico, ninguém sabe quando irá arrancar o julgamento deste caso. Mas ninguém esquece o que aconteceu.

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Um ano depois do duplo homicídio que deixou em choque a ilha do Pico, ainda não há data para o arranque do julgamento. A família das vítimas não conseguiu até hoje obter o certificado de óbito, uma vez que os corpos nunca apareceram.

Da vinha onde Luís trabalha, vê-se a propriedade onde tudo terá acontecido em setembro do ano passado, na freguesia de Candelária, na ilha do Pico. A 10 de setembro, Mário Sobral e Mário Coucelos foram de carro até à casa de Tomislav Jozic, interessados em comprar um terreno junto à propriedade do alemão.

Desde esse dia, nunca mais foram vistos. Depois de várias buscas, a Polícia Judiciária encontrou o aparelho que uma das vítimas tinha implantado no coração.

Já detido, o alemão agora com 61 anos, acabou por confessar os crimes. Terá atingido a tiro os dois amigos e através de uma fogueira na propriedade onde vivia com a mulher, ter-se-á livrado dos corpos.

A localidade de Campo Raso sente ainda hoje os efeitos das duas mortes. A família de Mário Sobral não quis falar publicamente sobre o caso, mas fez chegar um comunicado à SIC.

No documento escreve que lamenta a morosidade do processo.

O suspeito detido na ilha Terceira vai ser julgado no Tribunal de São Roque do Pico e arrisca até 25 de prisão. Está acusado de cinco crimes entre eles os de homicídio qualificado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

A companheira terá de responder por três acusações relativas aos crimes de profanação de cadáver e também detenção de arma proibida.

A ilha vai tendo algumas luzes sobre o desenrolar do processo apenas através das notícias.