Em Loures quem precisa de uma consulta passa a noite à porta para tentar conseguir uma vaga. É mais um exemplo do estado a que chegaram vários centros de saúde.
O centro de saúde de Loures está sem médico de família porque o único profissional residente está de férias. Os utentes que não têm médico atribuído veem-se obrigados a passar a noite à porta da unidade para tentar marcar uma consulta.
Minutos antes das 8:00, dezenas de pessoas sem médico de família estavam a aguardar a abertura das portas para conseguir uma vaga para uma consulta ao final do dia.
Quando as portas abrem, a fila, que começou a formar-se ainda de noite, desaparece, mas só os primeiros tiveram a senha.
O problema é habitual, mas esta semana piorou porque o único médico residente neste centro de saúde está de férias até dia 22.
Há depois mais 200 horas contratualizadas com médicos prestadores de serviços, mas não chega para responder a toda a procura.
A juntar à falta de profissionais, os médicos deste agrupamento estão desde março em greve às horas extra.
Só em Loures há mais de 60 mil pessoas sem médico de família. A autarquia lamenta a situação e diz que tem alertado o governo para a necessidade urgente de novas contratações.
À SIC, o Agrupamento dos Centros de Saúde de Loures e Odivelas garante que está a tentar contratar mais médicos, entre aposentados e prestadores de serviços.