Centenas de professores estão revoltados com o concurso de mobilidade interna. A ideia eram ficarem mais próximos de casa, mas no exemplo que vamos conhecer, uma professora tem de percorrer 400 quilómetros todos os dias.
Centenas de professores estão revoltados com o concurso de mobilidade interna. A ideia eram ficarem mais próximos de casa, mas no caso que vamos conhecer, uma professora tem de percorrer 400 quilómetros todos os dias.
Elisabete prepara-se para sair de casa às 5:30. A professora terá que se habituar a uma nova rotina. Este ano letivo foi colocada a 200 quilómetros de casa, resultado do concurso de mobilidade interna difícil de engolir.
Na prática, denuncia a professora, ao contrário do que estava definido, o ministério da Educação não disponibilizou todos os horários logo na 1ª fase do concurso e isso fez a diferença.
Elisabete ficou colocada numa escola da Sertã no quadro de zona a que pertence, mas tem pela frente uma deslocação diária de 400 quilómetros e não é caso único.
Mas é muito maior a distância que separa Figueiró da Serra, no concelho de Gouveia, da Sertã. A saída é por volta das 6:00, pouco ou nada se vê na escuridão, mas a primeira fase do trajeto é feito de curvas e contra curvas.
Elisabete terá que fazer pelo menos duas paragens pelo caminho para a partilha de boleias, será uma forma de aliviar pelo menos o peso financeiro já que tudo o resto será difícil de gerir.
A professora de biologia não augura bons tempos neste ano letivo, mas ainda assim, tal como as colegas, vai preparando caminho na expectativa de que aquilo que considera ser uma injustiça seja corrigida.