Foi apresentada na manhã desta quarta-feira, no Parlamento, a nova estratégia de segurança rodoviária. O Governo quer reduzir para metade o número de mortos nas estradas e as multas dos radares vão passar a financiar obras que evitem acidentes.
“Reduzimos em mais de 80% as vítimas mortais e os feridos graves, mas nos últimos 10 anos nós temos uma média mesmo assim superior a 600 mortos nas estradas portuguesas e mais de 2300 feridos graves", afirma o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Conhecendo os números de sinistralidade na estrada, o Governo apresentou a estratégia de prevenção.
“Na medida em que é preciso tornar muito evidente aos olhos da sociedade que há três principais causas que resultam das nossas atitudes e dos nossos comportamentos: excesso de velocidade, por um lado, em segundo condução com excesso de álcool e, em terceiro lugar, a condução com uso de telemóvel”, explica Luís Carneiro.
O Governo pretende reforçar a importância de instruir os novos condutores sobre as boas práticas a ter.
Até 2030, ou seja, nos próximos sete anos a meta é reduzir para metade o número de acidentes com mortos e feridos graves, sendo os radares uma das medidas a manter.
"Salvam vidas os controlos automáticos de velocidade, temos previsto que uma parte da receita cobrada possa financiar os contratos municipais que se destinam a remover esses obstáculos, nomeadamente as infraestruturas públicas de caráter municipal", acrescenta.
Pelas contas do Jornal de Notícias, em Portugal, um em cada dez acidentes mortais acontece em apenas cinco vias.
O ministro da Administração Interna diz que as próximas obras nas estradas vão ter em conta os pontos críticos onde acontecem mais acidentes.