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Operação Exotic Fruit: maioria dos 21 arguidos vão a julgamento

O juiz Carlos Alexandre mandou para julgamento 19 dos 21 arguidos que estavam acusados na chamada operação Exotic Fruit.

Operação Exotic Fruit: maioria dos 21 arguidos vão a julgamento
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O juiz Carlos Alexandre mandou para julgamento 19 dos 21 arguidos que estavam acusados, entre eles Rúben Oliveira, conhecido como Xuxas e considerado o líder de uma rede de tráfico de droga.

De acordo com o Ministério Público, o grupo tinha ligações estreitas com outras organizações de narcotráfico do Brasil e da Colômbia e terá importado elevadas quantidades de cocaína da América do Sul.

Os 19 arguidos da operação Exotic Fruit serão julgados por associação criminosa, tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais.

Esta foi a última decisão de Carlos Alexandre como juiz de instrução. O magistrado é agora desembargador da Relação de Lisboa.

“Xuxas”, o líder

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o grupo criminoso, liderado por Rúben Oliveira, tinha "ligações estreitas" com as organizações de narcotráfico do Brasil e da Colômbia e desde meados de 2019 importava elevadas quantidades de cocaína da América do Sul.

A organização de "Xuxas" tinha - ainda de acordo com a acusação - ramificações em diferentes estruturas logísticas em Portugal, nomeadamente junto dos Portos marítimos de Setúbal e Leixões, aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, entre outras, permitindo assim utilizar a sua influência para importar grandes quantidades de cocaína fora da fiscalização das autoridades portuárias e nacionais. Naqueles locais, a PJ realizou apreensões de cocaína que envolvem arguidos que supostamente obedeciam a ordens de Rúben Oliveira.

A cocaína era introduzida em Portugal através de empresas importadoras de frutas e de outros bens alimentares e não alimentares, fazendo uso de contentores marítimos. A droga entrava também em território nacional em malas de viagem por via aérea desde o Brasil até Portugal.

Refere igualmente a acusação que os arguidos recorriam a "sistemas encriptados tipicamente usados pelas maiores organizações criminosas mundiais ligadas ao tráfico de estupefacientes e ao crime violento" para efetuarem comunicações entre si.