Catarina Fonseca trabalha com o marido numa frutaria junto ao Jardim do Carregal, no Porto, há sete anos. Desde que as obras da Linha Rosa do Metro do Porto arrancaram, há dois anos, a comerciante nota uma quebra nas vendas.
“Perdemos muitos clientes. Tínhamos sempre a casa cheia e agora está vazia. Cortaram o passeio”, apontou Catarina.
Catarina está entre os vários comerciantes que se queixam de grandes quebras na faturação porque os clientes só conseguem lá chegar pelo túnel de Ceuta. As limitações no acesso pedonal ao Hospital de Santo António, do qual muitos dependem para sobreviver, também agravam a situação.
Face a esta situação, que consideram caótica, já pediram apoio e novas soluções à empresa de transportes públicos, que remeteu para a Câmara do Porto que, por sua vez, não lhes deu as respostas que esperavam.
Sem soluções e a continuar assim, alguns comerciantes dizem que terão mesmo de fechar portas, até porque a previsão é de que a empreitada tenha a duração de um ano.