As queixas de vítimas burladas através dos meios digitais aumentaram cerca de 60% nos primeiros seis meses do ano.
Apesar dos alertas, há cada vez mais denúncias de cibercrime através do Whatsapp como o “Olá mãe, Olá pai”, mensagens supostamente enviadas pelos filhos a pedir dinheiro.
“Sinto vergonha de ter sido patareca, e a revolta foi porque como é que não fui capaz de ter a capacidade de ver e pegar num telefone (…) para saber se era verdade ou não”, refere uma das lesadas.
A vergonha é tanta que muitas vezes, mesmo com acompanhamento psicológico, é difícil contar que se foi burlado aos mais próximos.
A denúncias que têm chegado ao Ministério Público têm aumentado: de cerca de 850 queixas em 2022, passou-se para mais de 1300 este ano. Destas mais de 290 foram encaminhadas para inquérito.
O phishing é o crime mais comum com as vítimas a partilhar palavras-passe e números de cartão de crédito.
O Gabinete de Cibercrime chama também a atenção para a divulgação de fotografias íntimas, burlas em investimentos online, arrendamentos de casas, que não existem ou páginas falsas, que garantem descontos.