O hospital de Viseu está em risco dos serviços colapsarem devido ao elevado número de doentes que são atendidos no serviço de urgências.
Seis ambulâncias deram entrada no hospital de Viseu, este sábado de manhã, quatro vinham de concelhos do distrito da Guarda. O INEM costuma encaminhar para o hospital do distrito, mas perante a falta de resposta na Guarda, os doentes acabam por ser direcionados para o de Viseu.
O cenário embora não seja uma novidade, tem-se repetido com maior frequência desde o início desta semana e há momentos quem o hospital de Viseu sente o “estrangulamento do serviço”. Há relatos em que a espera para o serviço de triagem demora perto de uma hora.
O hospital de Viseu é o maior da interior do país e a direção clínica tem pedido um esforço suplementar para manter os principais serviços funcionais, contudo já tiveram de ser tomadas medidas de contingência.
Durante o fim de semana, por exemplo, não são dadas altas a recém-nascidos, nem às mães evitando assim dividir ainda mais os recursos em obstetrícia e pediatria, ou seja, para manter o bloco de partos aberto 24h, as mães e bebés, que eventualmente podiam ter alta ao sábado e domingo acabam por ser avaliadas na segunda-feira podendo seguir para casa em condições normais.
A SIC sabe que dentro do hospital de Viseu há médicos que recusam aderir ao recente movimento por considerarem que as consequências estão a causar danos colaterais que vão contra a deontologia de médico, sobretudo em territórios do interior do país onde as alternativas ficam centenas de quilómetros de caminho e horas de viagem.