País

Doentes oncológicos entre os milhares de utentes sem médico em Ourém

São mais de 18 mil os utentes sem médico de família no centro de saúde da região, entre os quais Lúcia, uma doente oncológica que se diz "abandonada pela saúde".

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Mais de metade dos doentes do centro de saúde de Ourém estão sem médico de família, até mesmo os que se encontram em situações graves. É o caso de Lúcia Matos, uma doente oncológica, que está sem acompanhamento médico.

É uma entre os mais de 18 mil utentes sem médico de família no centro de saúde da região.

À SIC, Lúcia diz sentir-se “abandonada pela saúde”. Só consegue acompanhamento em Coimbra de seis em seis meses, o que no seu caso não é suficiente e com um trabalho sazonal, não consegue ter acesso a um médico no setor privado.

Ao longo dos últimos meses foram muitas as tentativas, mas a falta de médicos na região é um problema sem fim à vista.

Este ano, o concelho de Ourém teve o maior número de vagas abertas da região do Médio Tejo para a contratação de médicos de família, mas não houve um único candidato.

E, em agosto, o município decidiu criar um incentivo à fixação de médicos sendo atribuídos 600 euros mensais para os que queiram exercer na região.

A população de Ourém levou à Assembleia da República uma petição com mais de 9.000 assinaturas, exigindo o acesso à saúde, mas até agora a situação mantém-se igual.