Milhares de peregrinos estiveram em Fátima para as celebrações de outubro. O conflito entre Israel e o Hamas foi um dos temas lembrado nas orações.
"A esta hora que estamos aqui mais ou menos descansados, contentes e felizes, há crianças, homens, mulheres e idosos a fugir na terra de Jesus, a fugir da guerra, da morte e da violência, não está tudo bem, durante o covid tínhamos um lema que dizia vai ficar tudo bem, rezemos, gritemos à mãe do céu que queremos paz", começou por dizer o Cardeal Américo Aguiar.
O recém-Cardeal questionou quem poderá beneficiar com este confronto no Médio Oriente. Sem nunca mencionar o nome da Rússia diretamente, D. Américo
reforçou que, quando o conflito reacendeu, o que lhe “saltou imediatamente à vista foi o ‘fait divers’ para mudar os olhares, os corações e as preocupações” que têm sido vividas nos últimos tempos.
"Qualquer coisa me fez um clique que o calendário, a oportunidade, a circunstância não foi ocasional, alguma coisa motivou para que acontecesse, alguma coisa motivou para que acontecesse neste contexto. Agora o mundo vira-se infelizmente para a Terra Santa, as capacidades de resposta, apoio e de sinergias viram-se para a Terra Santa e de um momento para o outro a Ucrânia passa a ser apenas mais uma que esta a acontecer", atirou.
O futuro bispo de Setúbal, que assumiu não ter “grandes conhecimentos em geopolítica internacional”, deixou o desejo de, “um dia destes, estar em Fátima para dar graças” pela paz.