O número de pessoas sem-abrigo aumentou 78% nos últimos quatro anos. São agora cerca de 11 mil pessoas. É o resultado da crise da habitação, da imigração sem regras e a subida dos preços. Associações de ajuda estão a atingir o limite.
Depois da pandemia, a realidade também mudou o perfil dos sem-abrigo. Aos tradicionais somaram-se famílias, gente mais jovem e migrantes.
Os números mais recentes revelados pelo jornal Expresso apontam para 10.773 pessoas sem-abrigo. Em quatro anos aumentaram 78%. Em 2018 eram 6.044.
As organizações que os apoiam já se ressentem.
As razões que contribuem para esta condição somam-se ao ritmo do aumento do custo de vida, da habitação, do desemprego, a doença, o divórcio e as adições eram as mais frequentes.
Esta realidade tem sido uma das preocupações públicas do Presidente da República.
Em tendas, ao relento, embrulhadas em papelão, são cada vez mais as pessoas que, sem solução e projeto de vida, dormem nas ruas do país.