O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informa que entre as 9:00 e as 15:00 desta quinta-feira, quatro distritos estarão com aviso laranja devido à chuva, e a partir de sexta-feira, seis distritos estarão com aviso laranja devido à agitação marítima.
De acordo com o IPMA, o aviso laranja para precipitação vigora nos distritos de Aveiro, Coimbra, Guarda e Viseu entre as 9:00 e as 15:00 de quinta-feira, devido à previsão de "períodos de chuva, por vezes forte e persistente, em especial nas serras", situação que se estende às zonas do litoral.
No restante território estão sob aviso amarelo os distritos de Braga, Porto, Viana do Castelo, Vila Real - entre as 18:00 de hoje e as 9:00 de quinta-feira -, Castelo Branco e Leiria - 6:00 às 15:00 de quinta-feira, devido à previsão de "períodos de chuva, por vezes forte e persistente".
Os avisos laranja para agitação marítima devido à previsão de "ondas de noroeste com cinco a seis metros", abrangem os distritos de Aveiro, Braga, Coimbra, Leiria, Porto e Viana do Castelo, entre as 6:00 de sexta-feira e as 6:00 de sábado.
Estes distritos têm avisos amarelos para agitação marítima, desde as 18:00 de quinta-feira, devido a "ondas de noroeste com quatro a cinco metros", situação também prevista nos distritos de Lisboa, Setúbal (00:00 de sexta-feira às 6:00 de sábado), Beja e Faro (6:00 de sexta-feira e 06:00 de sábado).
Face a estas previsões, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) avisa a população para que evite alguns comportamentos de risco e que esteja alerta para a ocorrência de:
- inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais;
- ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
A ANEPC salienta que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, “sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis”. Nesse sentido, a autoridade recomenda a adoção de alguns comportamentos:
- a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
- não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.