Um casal de estrangeiros que explorava um hostel em Almada, no distrito de Setúbal, foi constituído arguido por crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos. Foram apreendidos documentos e material informático.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em colaboração com a Polícia Judiciária (PJ), procedeu ao cumprimento de mandados de busca domiciliária e em viaturas, na quarta-feira, informa o SEF em comunicado.
Em causa está um inquérito que investiga crimes de auxílio à imigração ilegal, angariação de mão de obra ilegal, falsidade informática e falsificação de documentos.
Um casal de "cidadãos estrangeiros" foi constituído arguido.
Hostel em Almada era uma "plataforma" de imigração ilegal
O casal explorava um hostel em Almada, que funcionava como "plataforma de imigração ilegal para Portugal". No local, viviam cerca de 15 "cidadãos estrangeiros em condições de salubridade muito precárias", acrescenta o SEF.
Os suspeitos emitiam comprovativos de reserva a estrangeiros que pretendiam entrar ilegalmente em Portugal. O objetivo, esclarece, era terem um comprovativo de alojamento para passagem na fronteira.
Além disso, o casal, que geria uma frota automóvel da UBER, simulava contratos de trabalho e de prestação de serviços, com a ajuda de empresas das quais são sócios-gerentes. Na empresa da frota automóvel, empregava cidadãos estrangeiros em situação ilegal.
A troca de elevadas quantias de dinheiro, os dois suspeitos asseguravam a inscrição dos cidadãos estrangeiros na Segurança Social e na Autoridade Tributária.
Na operação "Rota Fina", que contou com 23 inspetores do SEF, foi apreendida documentação e material informático, diz ainda o SEF.