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PCP e BE juntaram-se à manifestação pró-Palestina em Lisboa pelo "fim do massacre"

Centenas de pessoas - cerca de mil, numa estimativa da organização -- participaram nesta manifestação, com o lema "Paz no Médio Oriente, Palestina Independente", que começou no Martim Moniz e terminou à chuva, na Praça do Município.

PCP e BE juntaram-se à manifestação pró-Palestina em Lisboa pelo "fim do massacre"
Horacio Villalobos

Delegações do PCP e do Bloco de Esquerda (BE) juntaram-se este domingo a uma manifestação em Lisboa em que se apelou ao "fim do massacre" do povo palestiniano e se acusou Israel de praticar uma "política de genocídio".

Centenas de pessoas - cerca de mil, numa estimativa da organização -- participaram nesta manifestação, com o lema "Paz no Médio Oriente, Palestina Independente", que começou no Martim Moniz e terminou à chuva, na Praça do Município.

A manifestação foi convocada pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses -- Intersindical Nacional (CGTP-IN) e pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC).

Mariana Mortágua defende cessar-fogo “urgente”

No início do desfile, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu que "é urgente um cessar-fogo" e que "só o respeito pela autodeterminação do povo palestiniano poderá criar as condições para a paz", expressando apoio às posições assumidas pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.

"Há milhares de civis que estão a ser massacrados numa política de genocídio. Isto não é defesa, isto é um crime internacional, uma punição coletiva ao povo palestiniano e não podemos tolerá-la", declarou a coordenadora do BE aos jornalistas.

Paulo Raimundo marchou "pelo fim do massacre que está em curso"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acompanhado por outros dirigentes do partido, juntou-se à manifestação a meio da Rua do Ouro, em "solidariedade para com o povo palestiniano, pelo fim do massacre que está em curso".

"Os trabalhadores e as populações que querem a paz, não querem a guerra - a guerra não serve o povo, não serve os trabalhadores -- mais cedo ou mais tarde vão mesmo travar este genocídio e este massacre que está em curso", afirmou Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP considerou que "há muita hipocrisia e muito cinismo", com "dois pesos e duas medidas" na política internacional, " um peso para o Governo de Israel" e outro "para todo o resto dos outros povos" e pediu que se cumpram as resoluções da ONU.

“Com justiça e paz, Palestina vencerás”

A deputada e dirigente do PS Isabel Moreira juntou-se, a título individual, a esta manifestação. Pela CGTP-IN, a secretária-geral da Intersindical, Isabel Camarinha, declarou que "é urgente que o mundo se levante e acabe com este genocídio que está a acontecer na Faixa de Gaza", considerando que "os trabalhadores portugueses estão solidários com o povo palestiniano, não agora apenas, mas desde sempre".

No mesmo sentido, a presidente da direção do CPPC, Ilda Figueiredo, antiga eurodeputada do PCP, disse que "é urgente parar os bombardeamentos, é urgente pôr fim a esta escalada", protegendo a população da Faixa de Gaza, e que "é urgente obrigar Israel a cumprir as normas do direito internacional, pôr fim à ocupação da Palestina".

Na frente desta manifestação, gritava-se "Paz sim, guerra não", "Palestina vencerá", "guerra não é prisão, massacre e cerco não", "com justiça e paz, Palestina vencerás".

Em cartazes empunhados pelos manifestantes lia-se "Paz no Médio Oriente", "Fim à ocupação", "Pela paz, não à escalada da guerra" e "Palestina livre e independente".