Sindicatos médicos e Governo voltam esta terça-feira às negociações depois de domingo a reunião ter terminado, já de madrugada, sem soluções. O Governo diz estar disposto a reduzir as horas de trabalho, mas a proposta para os aumentos salariais continua abaixo do que exigem os sindicatos.
Às duas da manhã era visível o cansaço de uma longa reunião de negociações entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde
Após nove longas horas, o Governo aceitou duas das três reivindicações, mas ainda assim a proposta não convenceu os médicos.
Os aumentos salariais são o calcanhar de Aquiles das negociações, que estão a fechar várias urgências em todo o país. Os sindicatos exigem mais 30% de aumentos para todos os médicos, mas o Governo propôs 5 vezes menos.
Os sindicatos mostraram-se disponíveis para aceitar uma proposta que permita aumentos salariais pagos de forma progressiva, num calendário a definir nas negociações.
Governo e sindicatos reúnem-se novamente esta terça feira às duas e meia da tarde, após o diretor do Serviço Nacional de Saúde (SNS) já ter avisado que, sem acordo, novembro será um mês dramático para hospitais de todo o país.
O mês de novembro começa já na quarta feira, dia em que se iniciam novas escalas nos hospitais. O impasse negocial poderá levar mais médicos a entregar as minutos de escusa para a realização de horas extraordinárias, o que inevitavelmente levará a mais fechos e graves constrangimentos no SNS.