O primeiro-ministro garantiu esta segunda-feira no parlamento que, se o 'hub' de Lisboa e a "função estratégica" da TAP não forem assegurados, a privatização da companhia aérea não avançará.
"Por isso, tenho tranquilidade para lhe dizer: se, nessa hipótese que coloca, de o 'hub' de Lisboa não estar garantido e não estar garantida a função estratégica, nesse caso não haverá privatização", afirmou Costa no primeiro de dois dias de debate parlamentar na generalidade da proposta de Orçamento para 2024.
O chefe do Governo garantiu que a "privatização ocorrerá no estrito respeito pela vocação estratégica da TAP".
"Foi por isso que adquirimos a parte necessária do capital em 2015, foi para isso que fizemos o aumento de capital em 2020 e não é agora que, na privatização, vamos alienar aquilo que se conseguiu", disse.
António Costa ressalvou, contudo, que, "para alcançar esse objetivo, não é necessário ter 100% do capital ou sequer 51% do capital, depende de quem seja o sócio e depende de qual seja o pacto social entre os sócios".
Antes de ouvir as justificações públicas do primeiro-ministro, o Presidente da República de visita à Moldávia deixou a ideia de que não acha suficiente que o futuro estratégico da TAP fique à espera do que for incluído num pacto social entre o Estado e o novo dono.