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Ventura diz que só Marcelo poderá dar "cartão vermelho" ao ministro da Saúde

O líder do partido Chega reuniu-se esta quarta-feira com o Presidente da República para expressar as preocupações do seu partido a respeito do setor da Saúde que se está “a agravar”. André Ventura aproveitou para dar recados sobre o debate do OE2024.

Ventura diz que só Marcelo poderá dar "cartão vermelho" ao ministro da Saúde
MIGUEL A. LOPES/LUSA

André Ventura reuniu-se esta quarta-feira com o Presidente da República para partilhar as preocupações do seu partido sobre o estado da Saúde no país. Para o líder do Chega, só Marcelo poderá mostrar “cartão vermelho” ao ministro Manuel Pizarro.

Após a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura esclarece que o Presidente da República partilha da mesma preocupação que o líder do partido do Chega: o agravamento do estado do SNS.

“Ao dia de hoje, queríamos ter falado com o Presidente da República em que as negociações entre médicos e ministro da Saúde já tivessem mais resolvidas, isso não aconteceu e, por isso, partilhamos a preocupação de que a situação se está a agravar de forma muito significativa e o Governo não tem soluções”, explica.

Para Ventura, esta situação mostra “grande incompetência do ministro da Saúde”, mas ressalva que só o Presidente da República pode mostrar “cartão vermelho” a Manuel Pizarro.

Para além disso, o líder do partido Chega também partilhou com Marcelo que o Governo anda a “fugir ao controlo parlamentar”.

“Nos últimos tempos o Governo socialista, para fugir ao controlo parlamentar e presidencial, tem optado por fazer um Governo administrativo, através de portarias, e não de decretos ou leis, isso na Saúde tem se verificado”, esclarece André Ventura.

Para o deputado, isto reflete-se pouca transparência que leva “aos maus resultados” no setor.

A provocação

Para além das preocupações com a Saúde, André Ventura quis sublinhar um ato “provocatório” que aconteceu no debate do OE2024 na terça-feira passada.

“A provocação inadmissível que ontem o Governo levou a cabo ao Presidente da República e ao Parlamento português colocando em discussão o ministro João Galamba, provocação desnecessária evidente e direta", ressalva.

Para Ventura foi um “ato político provocador e baixo” por parte do Governo de António Costa, após toda a gente “saber o que aconteceu entre Presidente da República e João Galamba, que já nem devia ser ministro”.


Dia três de novembro,tanto médicos como o Ministério da Saúde, voltam a reunir para tentar chegar a acordo, estando Manuel Pizarro “francamente otimista que [as negociações] terminarão na sexta-feira”.