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Marcelo: "Não vale a pena comentar aquilo que não se ouve"

O Presidente da República explicou as palavras ditas ao chefe da diplomacia política, recordou as palavras de António Guterres e advertiu que "o mais importante são as pessoas".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel e aconselhou-os a serem moderados e pacíficos.

Palavras que não caíram bem ao chefe diplomático, que se manifestou desapontado com as palavras do Presidente da República português.

Confrontado com as declarações, Marcelo disse aos jornalistas que “não vale a pena comentar aquilo que não se ouve”, explicando que aquilo que disse foi que “o ataque terrorista serviu de pretexto e que não facilitava a finalidade que é ter dois Estados”.

“Expliquei que, e depois até acrescentei, felizmente os palestinianos como um todo, não se pode confundir com o ataque terrorista de um grupo”, disse.

Marcelo reitera que o “mais importante são as pessoas e o direito humanitário é violado quer por atos terroristas que matam inocentes, quer por respostas a isso que matam inocentes”.

“Princípios são princípios, valores, são valores, direito humanitário é direito humanitário. Vale para todos, não há o direito humanitário dos nossos amigos”, concluiu.