No dia em que o primeiro-ministro, António Costa, apresentou esta terça-feira a demissão ao Presidência da República que já foi aceite, o presidente do Partido Socialista (PS) realça as “notícias inesperadas e difíceis”, prestando “ enorme reconhecimento ao seu enorme legado como governante”.
“Prestamos enorme reconhecimento ao seu enorme legado como governante , ultrapassando dificuldades políticas e adversidades como as que viemos”, afirmou Carlos César.
Não tecendo considerações sobre a demissão de António Costa, Carlos César considera que a demissão do primeiro-ministro representa o entendimento do governante de agir “em defesa das instituições que defende”.
“Cabe-me como presidente do PS prestar homenagem à exemplaridade do seu gesto e do grande sentido de responsabilidade evidenciado”, reforçou Carlos César, em conferência de imprensa.
O líder socialista afirmou que “Portugal está melhor", devendo-se tal à “condução lúcia e firma” do primeiro-ministro.
“Portugal reganhou confiança junto dos mercados, como prestígio junto das instituições europeias e internacionais e isso deveu-se, sem dúvida à condução lúcia e firme que sempre empreendeu como líder do Governo”, acrescentou.
Para o presidente do PS, a apresentação de demissão pelo primeiro-ministro representa “notícias que sobressaltam a sociedade portuguesa e que perturbam as nossas consciências”.
Reunião para “análise da situação política”
Em comunicado de imprensa o Partido Socialista informou que “o Secretário-Geral do Partido Socialista, António Costa, convocou uma reunião da Comissão Política Nacional para quinta-feira […] cujo único ponto da ordem de trabalhos é a análise da situação política".
A reunião decorrerá no dia 9 de novembro, às 21:00, na sede nacional do PS.
PS preparado para qualquer decisão de Marcelo
"O PS está preparado para qualquer cenário, seja eleições ou mudança de liderança do Governo", declarou Carlos César, frisando que essa decisão compete ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tendo ao seu lado o secretário-geral adjunto, João Torres, e a ouvi-lo e na primeira fila da plateia membros da Comissão Permanente do PS.
António Costa, na comunicação ao país que fez a partir de São Bento, adiantou que, em caso de eleições legislativas antecipadas, não será pelo PS recandidato às funções de primeiro-ministro.
Na sequência do pedido de demissão do primeiro-ministro, o Presidente da República convocou os partidos com assento parlamentar para quarta-feira, o Conselho de Estado para quinta-feira e falará ao país a seguir.
[Com agência Lusa]