O PSD foi o último dos partidos com assento parlamentar a reagir, esta terça-feira, à demissão de António Costa. Já passava das 20:00 quando Luís Montenegro, depois de uma reunião com a comissão permanente dos sociais-democratas, declarou que é urgente “que se devolva a palavra ao povo”, com eleições antecipadas, nas quais acredita estar pronto para conquistar “uma maioria absoluta”.
Para Montenegro, as investigações que visam o primeiro-ministro, agora demissionária, e vários elementos do Governo afetaram a credibilidade do País, cuja recuperação “só é viável com eleições antecipadas”.
“Nunca tivemos pressa, mas agora a degradação do Governo impõe que não se perca mais tempo e se devolva a palavra ao povo”, afirmou o presidente do PSD.
Montenegro garantiu ainda que “os portugueses sabem que há uma alternativa séria e ambiciosa”, enquanto que “a legitimidade do PS ruiu”.
“O Governo caiu e caiu por dentro. Não podemos esperar mais tempo", sublinhou, apelando a que Marcelo Rebelo de Sousa convoque eleições antecipadas.
O líder social-democrata afirmou ainda que “é a segunda vez em 22 anos que as mesmas pessoas, as mesmas políticas, trazem um pântano à democracia portuguesa”.