Ronda pelos partidos termina com solução contra-corrente do PS. E agora, senhor Presidente?
JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa

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Ronda pelos partidos termina com solução contra-corrente do PS. E agora, senhor Presidente?

Está concluída a ronda de audiências em Belém aos oito partidos com assento parlamentar. O último a ser recebido por Marcelo Rebelo de Sousa foi o PS, que manifestou ao Presidente a intenção de nomear um novo primeiro-ministro para manter a estabilidade política. Vontade que vai contra a maioria dos partidos, que pediram esta quarta-feira eleições antecipadas. Reveja os principais momentos dentro e fora do Palácio de Belém.

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SIC Notícias

Terminada a ronda de audiências em Belém, termina também a emissão especial da SIC Notícias.

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O esquema de amigos e ministros que deixou o país em banho-maria

Até esta semana, os nomes de Afonso Salema, Vítor Escária, Diogo Lacerda Machado, Rui Oliveira Neves e Nuno Mascarenhas eram pouco ou mesmo nada conhecidos. Uma realidade que mudou em poucas horas. São eles, os cinco detidos no âmbito do processo que investiga os negócios do hidrogénio e do lítio e que deitou abaixo o Governo de António Costa. Mas o que está em causa e quem é suspeito e de quê. Perceba a teia de ligações.

Justiça é ou não responsável pela demissão de Costa?

António Costa
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A resposta é “não” e foi dada pelo presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público. Adão Carvalho explicou, na antena da SIC Notícias, que a saída de António Costa resulta apenas de uma “avaliação puramente política”.

Parágrafo sobre Costa "do ponto de vista jurídico não é nada", diz Isabel Moreira

Deputada do PS, Isabel Moreira
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A deputada socialista defende que a menção que é feita a António Costa na nota de imprensa da Procuradoria-Geral da República não tem qualquer significado do ponto de vista constitucional.

Solução "preferencial" para o PS é indicar novo primeiro-ministro

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SIC Notícias

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O presidente do PS manifestou esta quarta-feira ao Presidente da República a intenção do partido de nomear um novo primeiro-ministro. Carlos César explicou, à saída de Belém, que esta é a “solução preferencial” para garantir estabilidade política para o futuro.

“O PS continua a ser um partido que preza os valores associados à nossa Democracia e à estabilidade e respeito pelos mandatos que os Governos têm e que resultam da vontade popular”, afirmou à saída da reunião com o Presidente da República.

Por essa razão, o partido indicou a Marcelo Rebelo de Sousa que a solução “preferencial” é que não exista uma interrupção governativa.

“O PS assegura a confiança e apoio necessários e dispõe de uma maioria de deputados. (...) É bom que não exista uma interrupção governativa (...). Uma situação de antecipação do ato eleitoral não garante uma solução de estabilidade política para o futuro. A opção preferencial é a nomeação de um Governo com um novo primeiro-ministro”, defendeu Carlos César.

O presidente do Partido Socialista disse ainda ter esclarecido o Presidente da República quanto aos timings e procedimentos internos para a substituição do secretário-geral [António Costa].

Revelou ainda que não apresentou qualquer nome a Marcelo, mas garante que possíveis solução serão pessoas “respeitadas, com experiência governativa e com reconhecimento e até experiência internacional”.

Parlamento reúne conferência de líderes na sexta-feira

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Lusa

A conferência de líderes vai reunir-se na sexta-feira sobre "eventuais consequências para os trabalhos parlamentares decorrentes da decisão do Presidente da República", na sequência da demissão do primeiro-ministro, disse fonte oficial do Parlamento.

De acordo com o gabinete do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, a reunião vai acontecer na sexta-feira de manhã e tem como objetivo avaliar o impacto que a crise política aberta na terça-feira poderá vir a ter nos trabalhos parlamentares.

Esta reunião acontecerá no dia seguinte à comunicação ao país que o Presidente da República já anunciou que fará na quinta-feira, depois de ouvir o Conselho de Estado que convocou para uma eventual dissolução do parlamento.

"Amanhã intervirei no Conselho de Estado", afirma Santos Silva sobre demissão de Costa

Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva
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“Convoquei já os líderes parlamentares para sexta-feira de manhã, para consoante seja a decisão do Presidente da República, assim organizarmos os trabalhos parlamentares”, acrescentou Augusto Santos Silva.

José Luís Carneiro, o nome mais provável

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SIC Notícias

O jornal Público e o semanário Expresso avançam que o ministro da Administração Interna está a ser “assediado” para avançar com uma candidatura à liderança do PS contra Pedro Nuno Santos.

Ao que o Expresso apurou, José Luís Carneiro está a refletir sobre essa possibilidade.

Outro nome que foi falado - Francisco Assis - já excluiu essa hipótese mas, saliente-se, esta quarta-feira almoçou com… Pedro Nuno Santos.

Assis quer PS sem medo de eleições e unido por nova liderança agregadora

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Lusa

O ex-dirigente socialista Francisco Assis defende que os mais altos responsáveis do PS devem entender-se em torno de uma nova liderança "agregadora", de unidade e "sem medo" de enfrentar eleições legislativas antecipadas.

O atual presidente do Conselho Económico e Social (CES) tem sido apontado por membros da chamada "ala moderada" dos socialistas como um dos possíveis candidatos à sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS, a par do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

"Nas presentes circunstâncias políticas pede-se aos mais altos responsáveis do PS que tudo façam para que haja um entendimento em torno de uma candidatura à liderança do partido. O PS não deve ter medo de enfrentar eleições antecipadas e deve unir-se em torno de uma nova liderança agregadora e combativa", sustentou Francisco Assis.

PSD quer "unir o país"

Maria Madalena Freire

Maria Madalena Freire

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MIGUEL A. LOPES/LUSA

Luís Montenegro falou com o Presidente da República sobre a situação “grave” que o país enfrenta.

“Acrescentamos a tudo o resto uma crise política e a nossa posição é preciso cortar o mal pela raiz, iniciar um ciclo novo, ouvir o povo português e dar a um futuro Governo a autoridade política - que só é conferido através do voto - para poder intervir de forma estrutural e estratégica nos grandes desígnios de Portugal”, inicia Luís Montenegro.

PSD defende eleições legislativas antecipadas para “um Governo com capacidade reformadora e capacidade de diálogo com o país”.

“O nosso propósito é unir o país para resolver elementos importantes da vida quotidiana dos portugueses”, refere Montenegro, acompanhado de Paulo Rangel e Margarida Balseiro Lopes.

Para Montenegro o ciclo político que terminada é marcado por uma palavra: empobrecimento.

Em relação à data das eleições antecipadas, Montenegro diz que o desejável é que se resolva a crise política “o mais rápido possível”.

“Não podemos deixar de lado o nosso respeito democrático para com os outros partidos políticos, neste caso do Partido Socialista e o calendário eleitoral tem de oferecer essa oportunidade”; acrescenta o líder social-democrata.

A respeito do Orçamento do Estado, Luís Montenegro diz que o país tem de ter “o mínimo impacto negativo com a situação criada com a demissão e do Governo ter ruído por dentro e, para isso, ter ou não ter orçamento pode ser relevante” e, para isso, apela ao Governo para esclarecer as vantagens e desvantagens de ter Orçamento no dia 1.

“Se estiver em causa a execução de investimentos públicos no PRR, a atualização salarial na administração pública, a atualização das pensões, a redução de alguma carga fiscal, se isso for possível - embora este orçamento não o faça - se nesse contexto, ainda que não seja o nosso orçamento - será melhor ter do que não ter PSD não criará obstáculo nisso”, conclui.