Em entrevista à SIC Notícias, Marta Temido garantiu não estar disponível para se candidatar à liderança do PS. A ex-ministra da Saúde reconhece que “há várias pessoas com perfil para isso”, mas que não é uma delas.
“Não me parece que tenha perfil para ser líder de um partido político, não tenho raízes profundas e porque a vida dos partidos é bastante mais complexa e menos sedutora do que se possa pensar à primeira vista. Eu não estou disponível”, esclareceu.
Afirmou, no entanto, que “há várias pessoas com perfil”, mas preferiu não identificar nenhuma para não apoiar “uns ou outros” e diz que essa é uma análise que cada militante tem que fazer.
Regresso ao Governo?
Não recusou, no entanto, a ideia de poder voltar a ser ministra. Tal dependerá, no entanto, “do contexto e do primeiro-ministro”.
Num painel com Sebastião Bugalho, Marta Temida foi questionada pelo comentador SIC sobre o processo de eleições internas no PS, admitindo que, se houvesse tempo, preferiria primárias em vez de diretas.
Sobre a crise política, manifestou-se “triste, amargurada e inquieta” e acrescentou ainda que seria “de uma enorme insensatez” alguém sentir-se feliz ou tranquilo neste contexto.
Interpelada por Sebastião Bugalho sobre a falta de um rosto feminino nas conversações sobre o próximo líder do PS, Marta Temido considerou ser um “sinal do quão difícil é a vida política para as mulheres”.