São 37 serviços de urgência estão encerradas ou com limitações graves até ao final desta semana e a direção-executiva do SNS admite que estamos a viver um período crítico. PSD e Bloco de Esquerda desafiam o governo a chegar a acordo com os médicos.
O mês de novembro está a ser um período difícil para quem precisa de recorrer ao hospital em caso de doença aguda, estando, até ao próximo sábado são, pelo menos 37 urgências do país com constrangimentos em alguns turnos.
O cenário é de agravamento face à semana anterior, com mais sete serviços encerrados.
O PSD sublinha que está instalado um clima de guerra e avisa que a saúde dos portugueses não pode esperar
“Tem de se encontrar uma solução para o clima de guerra e de degradação que se está a viver. O governo tem sido incompetente, ao longo de muitos meses, para encontrar uma solução. Mas, como é natural, não é compatível com mais adiamentos”, afirma o deputado do PSD, Miguel Santos.
Na sua opinião “a solução passa por o governo encontrar uma solução de entendimento com as várias classes profissionais, que permita a estabilização no Serviço Nacional de Saúde”.
O Bloco de Esquerda acusa o Governo de brincar com as negociações com os médicos, afirmando que está nas mãos do executivo “desatar este nó” e evitar males ainda maiores no futuro.
“O governo tem um dever: quando uma pessoa se desloca um hospital ele tem de estar aberto, e tem de ter os profissionais suficientes. Para cumprir esse seu dever, o governo tem uma responsabilidade que é chegar a um acordo com os profissionais de saúde, porque se nada for feito em janeiro o SNS terá menos milhares de profissionais que entretanto saíram”, defende a coordenadora do BE, Mariana Mortágua.
A oposição exige soluções imediatas para uma crise que se arrasta há vários meses.