A Câmara de Lisboa vai mesmo comemorar, pela primeira vez, o 25 de novembro, o dia em que foi evitada uma guerra civil no país. A esquerda discorda da celebração e o PS diz mesmo que a pode dividir a sociedade portuguesa. Mas o Carlos Moedas diz é essencial assinalar a data porque significa a passagem para um país livre e democrático.
Apesar da oposição da esquerda, que até aprovou um voto de condenação da iniciativa, a Câmara de Lisboa vai mesmo comemorar, este sábado, pela primeira vez, o 25 de novembro. Para o presidente da Câmara, Carlos Moedas, a celebração impõe-se porque representa a passagem para um país livre e democrático.
O tema do dia era o da implantação da República, mas no último 5 de Outubro foi este anúncio de Carlos Moedas sobre uma outra data histórica
que marcou o momento e criou de imediato um facto político.
O 25 de novembro de 1975, que levou ao fim do Processo Revolucionário em curso. Nunca foi, no entanto, consensual entre os partidos, porque há 48 anos a esquerda militar, influenciada pela extrema-esquerda e comunistas e os chamados moderados, como PS ou PSD, estavam em barricadas opostas.
E, no mês passado, ficou clara a oposição do PCP à intenção da autarquia.
Dias depois, numa reunião de Câmara, um voto de condenação do PCP às comemorações foi aprovado por todo a oposição de esquerda. Até pelo PS, que também integrou o movimento que saiu vencedor do 25 de novembro de 1975, por considerar que pode promover divisões na sociedade portuguesa.
Argumento que o presidente da Câmara de Lisboa voltou a rejeitar ainda esta quinta-feira. Apesar das divergências, a comemoração do 25 de novembro vai então acontecer mesmo em Lisboa pela primeira vez.
Do programa fazem parte várias iniciativas como uma homenagem a dois militares que morreram nessa data ou uma sessão solene nos Paços do Concelho.