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PGR confirma investigação ao caso das gémeas tratadas no hospital Santa Maria

Até esta sexta-feira a Procuradoria-Geral da República nunca tinha confirmado oficialmente a existência de uma investigação sobre o alegado favorecimento às bebés gémeas.

Hospital de Santa Maria, em Lisboa
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O Ministério Público (MP) está a investigar o caso das gémeas de origem brasileira tratadas no Hospital Santa Maria com um dos medicamentos mais caros do mundo, revelou esta sexta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).

"Confirma-se a instauração de inquérito relacionado com os factos referidos. O processo encontra-se em investigação no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa e, por ora, não corre contra pessoa determinada", pode ler-se numa resposta enviada à Lusa.

O esclarecimento surge na sequência da notícia esta sexta-feira avançada pelo jornal Público sobre a existência do inquérito, sendo que até esta sexta-feira a PGR nunca o tinha confirmado oficialmente.

Na origem deste caso está uma reportagem da TVI, transmitida no início de novembro, segundo a qual duas gémeas luso-brasileiras vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma, - um dos mais caros do mundo -- para a atrofia muscular espinhal, que totalizou no conjunto quatro milhões de euros.

Segundo a TVI, havia suspeitas de que isso tivesse acontecido por influência do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que negou entretanto qualquer interferência.

O caso está também a ser investigado pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e através de uma auditoria interna do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, do qual faz parte o Hospital de Santa Maria.