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Pilotos do INEM em greve: serviços mínimos não foram cumpridos, avança sindicato

“Os pilotos que operam em Macedo de Cavaleiros ultrapassaram ontem os seus tempos de turno de trabalho, o que fez com que esse helicóptero tenha ficado hoje sem Tripulação, das 8:00 às 9:25”, refere o SPAC em comunicado.

Avião do INEM
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Os pilotos dos helicópteros do INEM estão em greve. Em comunicado enviado às redações, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) informa que esta manhã, durante 1 hora e 25 minutos, não foram cumpridos os serviços mínimos.

"Os pilotos que operam em Macedo de Cavaleiros ultrapassaram ontem os seus tempos de turno de trabalho, o que fez com que esse helicóptero tenha ficado hoje sem Tripulação, das 8:00 às 9:25.

O SPAC reafirma ainda que estes pilotos trabalharam ontem mais 3:30 do que o previsto na sua escala, sem receberem qualquer remuneração por esse motivo, como tem sido, aliás, regra nesta empresa", refere o comunicado do SPAC.

Contactado pela SIC, o INEM não confirma se durante esse período da manhã os serviços mínimos não foram cumpridos. Garante apenas que, agora, as bases de Macedo de Cavaleiros e de Évora estão a funcionar de acordo com o previsto.

A paralisação decorre em dois turnos, o primeiro que teve início este sábado termina amanhã, às 8:00, o segundo começa dia 28, às 20:00, e termina no dia 30, às 8:00.

No comunicado, o SPAC reafirma que a greve é o último recurso e que os pilotos do INEM continuam disponíveis para negociar.

O SPAC não deseja esta greve e estará sempre disponível para um acordo que evite este resultado. A greve é e será sempre um último recurso, que se manterá apenas enquanto não for viável o desejado acordo com a Avincis.

A 14 de novembro, o SPAC tinha divulgado o cancelamento da paralisação que começava no dia 16, como "prova de boa vontade negocial, para resolução dos temas em diferendo" e a apresentação de novo pré-aviso de greve.

A 2 de novembro, o sindicato entregou um pré-aviso de greve para os pilotos dos helicópteros do INEM, alegando violações nos tempos de descanso.

O jornal Expresso noticiou em setembro que os pilotos do INEM se queixavam de não estarem a ser respeitados pela Avincis Aviation Portugal os tempos mínimos de descanso, assim como de excesso de trabalho e fadiga acumulada, para além de não terem um acordo de empresa que proteja os seus direitos, à semelhança do que têm os colegas italianos e espanhóis.

Segundo os pilotos, a falta de condições de descanso põe em causa a sua segurança e a dos doentes transportados, referindo ao Expresso haver dias em que trabalham mais de 16 horas, sem serem pagos por isso.

[Atualizada às 20:55]