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Marcelo promulga alterações aos estatutos das ordens dos Contabilistas e Notários

O Presidente da República aprovou mudanças nas ordens dos Despachantes e Assistentes Sociais. Na próxima quarta-feira, o chefe de Estado irá reunir-se com o Conselho Nacional das Ordens Profissionais a propósito das alterações aos diversos estatutos.

Marcelo promulga alterações aos estatutos das ordens dos Contabilistas e Notários
CARLOS M. ALMEIDA/luSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou as alterações aos estatutos das ordens profissionais dos Despachantes Oficiais, Contabilistas Certificados, Notários e Assistentes Sociais, foi esta segunda-feira anunciado.

A informação consta na página na internet da Presidência da República, que menciona ainda a promulgação das alterações ao Estatuto do Notariado e ao Código do Notariado e assinala que as alterações aos estatutos das quatro ordens foram promulgadas depois de ouvidos os respetivos bastonários.

O Parlamento aprovou a 13 de outubro, em votação final global, com os votos favoráveis da maioria socialista, as alterações aos estatutos das ordens profissionais, incluindo as dos Notários, Contabilistas Certificados, Despachantes Oficiais e Assistentes Sociais.

O Chega, que votou contra, apelou posteriormente a Marcelo Rebelo de Sousa para que vetasse politicamente as alterações aos estatutos das ordens profissionais, invocando uma "insatisfação generalizada" em torno da nova lei.

Segundo a Ordem dos Notários, as alterações aos seus estatutos "acautelam a natureza pública da profissão", mas serão necessárias melhorias futuras para "salvaguardar a qualidade dos serviços".

Na próxima quarta-feira, o chefe de Estado irá reunir-se com o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) a propósito das alterações aos diversos estatutos.

O CNOP solicitou várias audiências, incluindo a Marcelo Rebelo de Sousa, para "continuar a discutir o processo de revisão estatutária" das ordens profissionais, que, a seu ver, "foi feito à pressa, sem discussão consequente", colocando em causa o interesse público.

De acordo com o Governo, o dossiê tinha de estar fechado no parlamento até 13 de outubro para não perder os fundos europeus atribuídos a Portugal através do Plano de Recuperação e Resiliência, que contempla a reforma das ordens profissionais.